sábado, 28 de abril de 2012

Palavras De Vida - Padre Fábio de Melo.


Mais uma vez partilhando “Palavra de Vida”, desejosos que a força da ressurreição possa nos envolver todos os dias!
De maneira especial, pedindo a Deus que venha nos dar a graça de viver a ressurreição na nossa família.
Tenho ficado muito preocupado com a desagregação dos nossos lares, o quanto hoje nós temos sofrido, e ver mesmo as pessoas perdendo a força dos laços afetivos, pessoas vivendo cada vez mais solitários mesmo estando acompanhadas.
 É muito triste a gente descobrir que ter alguém ao lado não é garantia de que estejamos acompanhados.
Quantas vezes eu escuto de pessoas extremamente solitárias, a confissão mesmo!
 Olha, tenho muita gente do meu lado, mas mesmo assim eu me sinto sozinho e solitário. São as conseqüências deste jeito de viver, desta desagregação muitas vezes familiar.
Quando a gente não aprende a cultivar os laços afetivos, quando a gente é criado dentro de um contexto de muito desamor, de muitas ausências é muito triste a gente ver a família perdendo a referência.
Quando você já não sabe mais o valor do pai, o valor da mãe, o valor do filho, porque as pessoas estão esquecidas de suas funções. A paternidade, a maternidade, não é só uma função biológica...
 Não é só trazer ao mundo, mas é, sobretudo comprometer-se com a felicidade daquele que você trouxe ao mundo. Muitas vezes os casamentos não dão certos...
Deixam de ser marido e mulher, e aí deixando de ser pai e mãe!
Muito triste a gente ver os filhos crescendo na solidão sem ter apoio, sem ter um referencial afetivo, um referencial pra voltar, não é verdade? Não tem muitas vezes um porto onde possa retornar. Hoje, a gente precisa tomar consciência da parte que nos cabe...
O que estou fazendo para que a família volte a ser família? Você aí na sua casa... Você que tem a sua família, o que você faz para que sua família seja diferente, para que ela não seja uma fábrica de gente solitária, para que ela não se transforme num processo de produção de infelicidade no mundo?
Não adianta nada a gente pensar o problema na família, no mundo, se a gente não pensa na nossa família...
O que é que eu estou fazendo como filho, como pai, como mãe, como irmão, como amigo? O que é que eu estou fazendo com o meu o meu papel... Como é que eu estou desempenhando o meu papel dentro da minha casa? Como é que eu tenho vivido o meu compromisso de ser família?
Volto a dizer que não temos o direito de pensar o grande problema se agente não pensa o pequeno que a gente gera. 
O grande problema só pode ser analisado a partir dos pequenos, e a desagregação da família começa com a minha desagregação, quando eu começo a deixar de viver a responsabilidade do meu papel.
Dentro de casa cada um tem uma função, e se agente esquece-se de viver aquela função que é específica da gente, fragiliza o todo!
A gente perde a oportunidade de fazer a nossa família um lugar feliz! Fazer da nossa casa um lugar de alegria, e de encontro! Por isso, é que a gente precisa pedir a Deus a graça o tempo todo!
A graça, e também o esforço pra gente poder fazer a nossa família ser um lugar, ser uma expressão desta construção de paz que queremos.
Eu construo a paz do mundo a partir da minha família, e você pode fazer isso também. Buscar o seu lugar, viver bem o papel dentro da sua casa na experiência da partilha, na experiência do amor, na experiência da ressurreição dessa vida nova, desta oportunidade que Deus nos dá de sermos novos todos os dias.
"Deus derrame sobre todos nós a sua bênção, e nos conceda a graça de sermos família!” 

Padre Fábio de Melo


Adaptação: Marilda Silveira Dias

Programa: Tarde Viva.
Rádio América - BH/MG.

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