domingo, 31 de março de 2013

Eis, que faço novas todas as coisas!












Faço Novas Todas As Coisas  
Pe. Fábio de Melo


Eis, que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas

É vida que brota da vida
É fruto que cresce do amor
É vida que vence a morte
É vida que vem do Senhor

Eis, que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas

Deixei o sepulcro vazio
A morte não me segurou
A pedra que então me prendia
No terceiro dia rolou

Eis, que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas

Eu hoje te dou vida nova
Renovo em ti o amor
Te dou uma nova esperança
Tudo o que era velho passou

Eu hoje te dou vida nova
Renovo em ti o amor
Te dou uma nova esperança
Tudo o que era velho passou

Eis, que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas
Que faço novas todas as coisas

♪ Padre Fábio de Melo | Estou Aqui: "Faço Novas Todas as Coisas" ♪

sábado, 30 de março de 2013

Espírito Santo Repousa.

Espírito Santo Repousa
Padre Fábio de Melo
Espírito Santo repousa, Espírito Santo repousa
Espírito Santo repousa, Espírito Santo repousa
Sobre nós, sobre todos nós Espírito Santo repousa
Sobre nós, sobre todos nós Espírito Santo repousa sobre nós

Espírito Santo repousa, Espírito Santo repousa
Espírito Santo repousa, Espírito Santo repousa
Traz unção, traz unção a nós Espírito Santo repousa
Vem curar nossos corações Espírito Santo repousa sobre nós

Espírito Santo repousa sobre nós
Espírito Santo repousa sobre nós
Espírito Santo repousa sobre nós
♫♪♫♪

Padre Fábio de Melo apresentará o Show Em Sobral-Ce

A Prefeitura de Sobral, através da Secretaria da Cultura e do Turismo e Ecoa Sobral, convida para o grande show com o Padre Fábio de Melo, dia 31 de Março (Domingo) às 19h no Boulevard do Arco, Sobral/CE. Entrada 1kg de alimento. Participe desse momento de louvor e emoção!  
SEMANA SANTA - O Padre Fábio de Melo apresentará o show “Estou Aqui” em Sobral. Apresentação promovida pela Secretaria de Cultura e Turismo será no Boulevard do Arco de Nossa Senhora de Fátima, no Domingo de Páscoa (31).
Saiba mais:
Fonte:
PORTAL SOBRALENSE CATÓLICO.

Filhos da Páscoa

Da esperança, a dor; o sentido oculto que move os pés; o desejo incontido de ver as estradas se transformando, aos poucos, em chegadas rebordadas de alegrias. 

 Ir; um ir sem tréguas, senão as poucas pausas dos descansos virtuosos que nos devolvem a nós mesmos. Idas que não findam e que não esgotam os destinos a serem desbravados. Passagens; páscoas e deslocamentos. 


 Eu vou. Vou sempre porque não sei ficar. Vou na mesma mística que envolveu os meus pais na fé, os antepassados que viram antes de mim. Vou envolvido pela morfologia da esperança; este lugar simples, prometido por Deus, e que os escritores sagrados chamam de Terra Prometida. Eu quero. 


 O lugar sugere saciedade e descanso. Sugere ausência de correntes e 

cativeiros... 

 Ainda que o caminho seja longo, dele não desisto. Insisto na visão antecipada de seus vislumbres para que o mar não me assuste na hora da travessia. Aquele que sabe antecipar o sabor da vitória, pela força de seu muito querer, certamente terá mais facilidade de enfrentar o momento da luta. 


 O povo marchava nutrido pela promessa. A terra seria linda. Nela não haveria escravidão. Poderiam desembrulhar as suas cítaras; poderiam cantar os seus cantos; poderiam declamar os seus poemas. A terra prometida seria o lugar da liberdade... 


 Mas antes dela, o processo. Deus não poderia contradizer a ordem da vida. Uma flor só chega a ser flor depois que viveu o duro processo de morrer para suas antigas condições. O novo nasce é da morte. Caso contrário Deus estaria privando o seu povo de aprender a beleza do significado da páscoa. Nenhuma passagem pode ser sem esforço. É no muito penar que alcançamos o outro lado do rio; o outro lado do mar... 


 E assim o foi. O desatino das inseguranças não fez barreira às esperanças de quem ia. O mar vermelho não foi capaz de amedrontar os desejantes da Terra, os filhos da promessa. Pés enxutos e corações molhados, homens e mulheres deitaram suas trouxas no chão; choraram o doce choro da vitória, e construíram de forma bela e convincente o significado do que hoje também celebramos. 


 A vida cresceu generosa. O significado também. Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa. 


Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre uma esperança a nos dominar; um sentido oculto que não nos deixa parar; uma terra prometida que nos motiva dizer: Eu não vou desistir! E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não estejamos na mira dos olhos. 


O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia... 


Padre Fábio de Melo 



Fonte: SiteOficial

No Meio de Nós - Padre Fábio de Melo Com Part. Esp. Zezé Di Camargo

sexta-feira, 29 de março de 2013

SEXTA-FEIRA SANTA



Hj não é dia de tristeza. É dia de contemplação. No silêncio da sexta feira  santa a alegria da Ressurreição é preparada. 

*Frase do Twitter @pefabiodemelo 22 abr 11...

Filhos do Céu

Aquilo que você está vivendo, o peso que você está carregando, não é nada comparado a alegria que te espera.
Em março quando meu pai deu o seu último suspiro, eu estava lá com ele, mas por covardia não tive coragem de segurar na matexperiilde;o dele, por medo de ver agonia que ele estava vivendo.
Nove de abril, terra boa no Paraná, recebi a noticia de que minha irmã estava morta, e o dia 15 de dezembro o dia em que eu comemorava o meu aniversário de ordenação, a dor mais recente, quando o meu amigo Robinho (Cantores de Deus) não conseguiu mais, o câncer foi maior que ele. E alguns dias depois uma outra experiência que eu vivi, mas que não quero falar aqui, mas em uma outra ocasião, meu amigo padre Léo.
Mas vou me prender nessas três...
Quando alguém morre, levamos certo tempo, sem entender, sem acreditar. Leva tempo para acontecer dentro de nós, a gente leva um tempo dizendo ‘eu não acredito’. Você fica o tempo todo ruminando aquele acontecimento, porque a vida leva tempo para acontecer dentro de nós.
Nós levamos tempo para organizar o luto, levamos tempo para descobrir que aquela pessoa não faz mais parte da nossa vida mesmo. E a gente começar a recolher no espaço que era dele e nosso também, as coisas que ficaram.
Você abre uma gaveta, e coisas pequenas, bobas, um bilhetinho, que antes não teria valor nenhum, mas porque ele foi embora, foi revestido por uma sacralidade que dinheiro no mundo que pague aquele bilhete. Ai se alguém fizer uma limpeza nas nossas gavetas e começar jogar fora o que pra nós é sacramental, porque é um jeito que a gente tem de fazer o outro sobreviver.
Eu comecei a entender e ajuntar com as várias oportunidades que Deus me deu de viver a experiência do sábado santo. Por isso eu quis contar essas três histórias para vocês e proclamar essa palavra de São Paulo aos Romanos que diz: “Porque para mim, tenho por certo, que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.”
Descubra o que hoje lhe mata, descubra o que hoje lhe faz sofrer e você de alguma maneira poderá intuir e descobrir aquilo que te fará vencedor amanhã.
Há duas formas de vivermos o processo da morte, ou o processo do sofrimento: ou nós nos entregamos a ele, ou nós experimentamos a ressurreição, que pode ser exalada aos poucos.
O céu começa nas pedras, por isso, o Sábado Santo é ainda tempo de silêncio e contemplação, porque o nosso Mestre ainda está morto.
Os discípulos viveram ontem, vamos voltar no tempo. Você já tem a certeza da ressurreição, os discípulos não tinham.
No dia anterior os seus discípulos viram o seu Mestre ser morto. Eles que tinham deixado tudo para segui-Lo, e de repente, Aquele em quem eles colocaram sua esperança tinha morrido, por isso eles voltam a suas vidas antigas, se reuniram para decidir o que fazer de suas vidas, mas o que os evangelhos não contam é que ao olharem uns para os outros, sentirão o perfume de Cristo no ar.
É impossível passar pela experiência com Jesus e sermos iguais. Os discípulos se olharam e diziam: ‘...o perfume de Cristo está no meio de nós’, e não é possível que d’Aquele que fez tanto por nós não tenha ficado nada.Os discípulos só reconhecem Jesus quando eles reconhecem quem eles são. Aquele que tem o poder de te amar de verdade tem o poder de te fazer lembrar quem você é.
Esta promessa de São Paulo está enraizada na experiência que eles tiveram com Jesus na dor, no sofrimento.
Descubra na sua história o que você viveu, onde você não se deixou viver a experiência do casulo. Assim como as árvores, que tem que condensar todas as suas seivas para quando chegar a primavera possam ter seiva para que as folhas sejam verdes.
Quantas vezes rezamos pela cura daqueles que amamos, assim como rezamos pela cura do padre Léo, quanta falta ele faz para nós! E para você que teve a sua vida transformada por uma palavra do padre Léo... Então ele morreu? Não! Porque quando você vive essa palavra proclama por ele, quando você faz brilhar a experiência daquilo que você aprendeu com ele através da palavra, ele se torna vivo dentro de você.
Deus não está aí para realizar o que você quer mas para o que você precisa!
O que você precisa que Deus faça na sua vida? A gente não sabe responder, porque estamos ocupados demais em dizer o que queremos.
Não nasce cristão da noite para o dia, leva tempo, e filho do céu nasce ‘parturiado’, não tem cesariana, não nasce de maneira fácil. Filho do céu nasce da pedra, do túmulo
Manhã de sábado é manhã de preparo, não sepulte de qualquer jeito, não passe pelo seu sofrimento de qualquer jeito, só vem a glória se, de fato, mergulharmos no mistério da morte. Não é para ficarmos na morte, mas devemos olhá-la de frente para que ela não seja maior que nós.
Que nessa manhã de espera e ressurreição você não se esqueça que você é um filho do Céu!
Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 28 de março de 2013

Deus...


Eu e o meu melhor amigo

Ele me ensina que a vida é 
uma orquestra linda, mas 
dói...

O meu melhor amigo morreu numa tarde triste de sexta-feira. O sol ainda era quente e o calor era intenso. Morreu de um jeito cruel. Vítima de um sistema político e religioso que não sabia entender que Deus prefere os miseráveis. Morreu porque amou demais; morreu porque não sabia mentir.
O meu melhor amigo não sabia ser indiferente. Viveu o tempo todo recolhendo os que estavam caídos e desacreditados. Ele foi um ser humano inesquecível. Entrava em lugares proibidos e dormia na casa de pessoas abomináveis. Trocou santos por Zaqueu, doutores por Mateus. Não se preocupava com o que os outros estavam achando dele, mas ocupava-se de sua vida como se cada instante vivido fosse o último.
Meu melhor amigo tinha o poder de ser irreverente. Ele olhava nos olhos dos fracassados e lhes restituía a coragem perdida. Segurava nas mãos dos cansados e os convencia que ainda lhes restavam forças para chegar.
O meu melhor amigo era desconcertante. Tinha o dom de confundir os sábios e encantar os simples. Eu, certa vez, também me encantei com ele. Chegou num dia em que eu não sei dizer qual foi. Chegou numa hora em que não sei precisar. Sei que chegou, sei que veio. Entrou pela porta da minha vida e nunca mais o deixei sair. Somos íntimos. Minha fala está presa à dele. Eu o admiro tanto que acabo tendo a pretensão de querer ser como ele. Já me peguei cantando para ele os versos de Tom Jobim: “Não há você sem mim e eu não existo sem você!” Ele sorri quando eu canto.
Meu melhor amigo me ensina a ser humano. Ele me ensina que a vida é uma orquestra linda, mas dói. Ele me ensina a apreciar os acordes tristes... e aí dói menos. A beleza distrai a tristeza. Foi assim que eu assisti à sua morte na Sexta-feira Santa. Eu sabia que era passageira. Era apenas um interlúdio feito de acordes menores, dilacerantes de tão tristes. Meu amigo não sabe ser morto. Ele gosta é de ser vivo, vivente! E é assim que eu entendo a dinâmica da Ressurreição. Quando digo: “Ele está no meio de nós!” eu estou convidando o meu amigo a ser vivo através de mim. Quem ama, de verdade, leva sempre a criatura amada por onde vai. E é assim que o amor vai se tornando concreto no meio de nós. É assim que a vida vai ficando eterna... e a gente vai ressuscitando aos poucos...
Hoje, eu acordei mais feliz. Nada de especial me aconteceu. Apenas me recordei de que meu melhor amigo ainda acredita em mim, apesar de tudo. Eu sou um legítimo representante de sua ressurreição no mundo. Não posso me esquecer disso. As pessoas olham para mim... eu espero que elas não me vejam... eu espero que vejam o meu melhor amigo, em mim.

Padre Fábio de Melo

"Letra da música Guardião"


Guardião-Padre Fábio de Melo

Eu andava só, quando ouvi uma voz me chamar, dizendo:
__ Filho, necessito lhe falar!
Foi difícil de entender aquele gesto inesperado
Mas quando percebi estava sendo amado
Meu coração se abriu, meus olhos encheram-se de lágrimas
E minha boca só dizia:
__ Eu te amo, meu Jesus!
Com a sua piedade, levante-me do chão
Estenda-me sua mão

Seja sempre o Guardião das palavras que eu falo
E também, seja o pastor, conduzindo os meus passos
Não me deixe por caminhos tortuosos caminhar
Mas me mostre o que é amar, amar

Tome conta da minha vida, ensinando-me a viver
Pra que eu possa, desde agora, muito mais lhe conhecer
Seja o meu melhor amigo, fique sempre ao meu lado
Livrando-me do pecado

Desde então, senti que já não era mais o mesmo
Aquela solidão não havia mais em mim
Os meus olhos se voltam inteiramente ao Senhor
Depois que descobri como é grande o seu amor

Conhece o meu caminho, sabe onde eu ando
É o meu refúgio e a minha proteção
Está sempre me ajudando nos momentos mais difíceis
Sendo a minha salvação

Seja sempre o Guardião das palavras que eu falo
E também, seja o pastor, conduzindo os meus passos
Não me deixe por caminhos tortuosos caminhar
Mas me mostre o que é amar, amar

Tome conta da minha vida, ensinando-me a viver
Pra que eu possa, desde agora, muito mais lhe conhecer
Seja o meu melhor amigo, fique sempre ao meu lado
Livrando-me do pecado

Padre Fabio de Melo - Guardião.


Medite...


Renovação do sacerdócio



Porque está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec.
(Hebreus 7:17).

ESCOLHIDOS POR DEUS HOMENAGEM AO SACERDOTE

segunda-feira, 25 de março de 2013

Eu e o meu melhor amigo


O meu melhor amigo não sabia ser indiferente. Viveu o tempo todo recolhendo os que estavam caídos e desacreditados. Ele foi um ser humano inesquecível. Entrava em lugares proibidos e dormia na casa de pessoas abomináveis. Trocou santos por Zaqueu, doutores por Mateus. Não se preocupava com o que os outros estavam achando dele, mas ocupava-se de sua vida como se cada instante vivido fosse o último.

Meu melhor amigo tinha o poder de ser irreverente. Ele olhava nos olhos dos fracassados e lhes restituía a coragem perdida. Segurava nas mãos dos cansados e os convencia que ainda lhes restavam forças para chegar.

O meu melhor amigo era desconcertante. Tinha o dom de confundir os sábios e encantar os simples. Eu, certa vez, também me encantei com ele. Chegou num dia em que eu não sei dizer qual foi. Chegou numa hora em que não sei precisar. Sei que chegou, sei que veio.
Entrou pela porta da minha vida e nunca mais o deixei sair. Somos íntimos.
Minha fala está presa à dele. Eu o admiro tanto que acabo tendo a pretensão de querer ser como ele. Já me peguei cantando para ele os versos de Tom Jobim: “Não há você sem mim e eu não existo sem você!” Ele sorri quando eu canto.

Meu melhor amigo me ensina a ser humano. Ele me ensina que a vida é uma orquestra linda, mas dói.
Ele me ensina a apreciar os acordes tristes... e aí dói menos. A beleza distrai a tristeza.
Foi assim que eu assisti à sua morte na Sexta-feira Santa. Eu sabia que era passageira. Era apenas um interlúdio feito de acordes menores, dilacerantes de tão tristes. Meu amigo não sabe ser morto.
Ele gosta é de ser vivo, vivente! E é assim que eu entendo a dinâmica da Ressurreição. Quando digo: “Ele está no meio de nós!” eu estou convidando o meu amigo a ser vivo através de mim.
Quem ama, de verdade, leva sempre a criatura amada por onde vai. E é assim que o amor vai se tornando concreto no meio de nós. É assim que a vida vai ficando eterna... e a gente vai ressuscitando aos poucos...

As pessoas olham para mim... eu espero que elas não me vejam... eu espero que vejam o meu melhor amigo, em mim.

Padre Fábio de Melo

"Festa da Misericórdia" - na Canção Nova!

A Misericórdia de Deus é infinita
No dia 7 de abril, os católicos celebram a Festa da Misericórdia. A Canção Nova, como parte integrante da Igreja e conhecida por seus fiéis como a Casa da Misericórdia, promove um 'Dia de Louvor', no sábado, 6, e celebra a Festa da Misericórdia no domingo.

No sábado, além das pregações, adoração ao Santíssimo e celebração da Santa Missa, haverá a gravação do DVD do padre Fábio de Melo. Além de uma noite oracional com Eugenio Jorge, Salette Ferreira e Ricardo Sá.

Venha participar conosco da grande Festa da Misericórdia e viver conosco este momento de profunda devoção a Jesus Misericordioso.

Presenças confirmadas:

Padre Antônio Aguiar
Fundador da Comunidade Divina Misericórdia

Padre Toninho
Missionário da Comunidade Canção Nova

Ricardo Sá
Missionário da Comunidade Canção Nova

Eliana Sá
Missionário da Comunidade Canção Nova

Gabriele Sanchotene
Missionária da Comunidade Canção Nova


Fonte: CançãoNova

De vida e cruz é feito esse amor...


Amor tão grande, amor tão forte, amor suave,amor sem
fim, que a própria morte transforma em vida, abraço eterno
de Deus em mim

Nem as torrentes das grandes águas conseguirão apagar
esse amor pois suas chamas são fogo ardente,mais do
que a morte é tão forte esse amor

De abraço esmagante, de ausência torturante
De noite e luz é feito esse amor
De dor incomparável, consolo inestimável
De vida e cruz é feito esse amor

-Padre Fábio de Melo-


" O ódio que se guarda, vai matando só quem sente"


Não temos como arrancar os Sentimentos, sem nos Reconciliarmos com as causas que os originaram. Enquanto não der o Perdão necessário, nenhuma Paz pode encontrar um Coração cheio de Ódio. 
A culpa que reconhecemos no outro que nos fez o Mal, gera um mal-estar que nos atinge a Vida inteira. Odiar é uma forma de se matar aos poucos... A incapacidade de Perdoar faz com que percamos a Beleza da Vida.O Cristão segue o exemplo de JESUS e muda a vida apesar do Sofrimento. É bom e importante termos alguém, em quem confiemos, para desabafar, refletirmos, sobre nossos problemas, e decidirmos o que é Melhor, buscando a Sabedoria elemento que nos diferencia, para viver com mais leveza, e acolher as dificuldades da vida... JESUS nos ensina o tempo todo que tanto quanto Amar é preciso Perdoar. Mesmo na Cruz, sofrendo injustamente, ELE conseguiu Perdoar os seus algozes... Precisamos alimentar a Esperança e nos projetar para a frente que é o que DEUS quer de NÓS. Não podemos esquecer que só o PERDÃO, nos restaura, nos dá a Paz que necessitamos!... 

Padre Fábio de Melo 

Fonte: Filho do Céu.

Ressurreição, tempo de misericórdia.

O tempo é de ressurreição. Já não podemos mais ouvir os gritos do calvário, o movimento curioso de quem desejava a tragédia, a morte pública e cruel. O que temos é o jardim vistoso sugerindo primaveras. A vida revestida de cores mansas como se uma chuva miúda devolvesse aos poucos o frescor que combina com as manhãs.

O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. Mas isso não era o suficiente para que a ressurreição fosse proclamada. Alguém poderia ter roubado o corpo. Não faltariam incrédulos para essa suspeita.


A certeza da ressurreição não consiste em provas materiais para o fato. A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana.


Estamos falando de algo maior, superior. O que despertou o grito da ressurreição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre. Resquícios esquecidos na alma, doação existencial que o configurava de forma renovada, como se tivesse nascido de novo.

"Ele está no meio de nós!" - A voz proclama. Gita o que ainda não compreende. Grita o que intui em mistério, o que descobre aos poucos. A alma reconhece na carne o milagre da continuidade. Os desdobramentos da Eucaristia celebrada dias antes tornam-se evidentes. João vê na carne de Pedro a carne de Jesus. É o mesmo sangue, é a comunhão estabelecida. O sangue jorrado na cruz encontrou novas veias e por elas corre.


É o olhar epifânico ardendo como a sarça ardeu diante dos olhos de Moisés. Sarça humana, pupilas dilatas de alegria, incapacitadas de esconderem os olhos que estavam por trás dos olhos de Pedro. Olhos que deixaram de brilhar no calvário, mas que agora são reacendidos nos olhos do amigo que ficou. O apóstolo é a continuidade do Mestre. Simbiose que faz o agir ser o mesmo, como se uma costura atasse a vida de Pedro à vida de Cristo.


É o ser emprestado em sacramento, força que o altar atualiza e que a alma recebe prostrada, generosa. A sobrevivência do Cristo passa pela alma que o aceita. É preciso acolher o dom de ser ressurreto. Passa pela nossa carne esta mística que nunca terá fim. Não aceitá-la é o mesmo que viver a privação da felicidade. Não é possível ser feliz fora desta dinâmica. As religiões nos ensinam. É preciso aprender. O altar estendido é o banquete do encontro. O Cristo sentado à mesa nos ensina de forma simples e duradoura que é preciso crescer na ressurreição. Ele nos dá de comer. "Isto é o meu corpo". Ele nos dá de beber. "Isto é o meu sangue".


É Nele que nos transformamos. Quando por Ele nos decidimos,, Dele nos tornamos continuidade. Cada um ao seu modo vive o seu processo. É estrada humana também. Jesus nos ensinou a humanidade antes de nos propor o céu. Por isso o aperfeiçoamento de tudo o que é humano é exercício de santidade. O pecado nos mata, mas a ressurreição nos socorre.


Viver e morrer são dinâmicas inevitáveis. Cada um sabe o tanto que morre. Cada um sabe o tanto que vive. As escolhas estão por toda parte.


Mas o Cristo está diante de nós. Em suas mãos não há outra coisa senão a sua Misericórdia. O motivo de sua morte é o motivo de nossa vida. Ele morreu porque quis nos ensinar que a justiça divina compreende também a sua capacidade de amar. Ele nos deu o direito de sermos íntimos do Pai. Ensinou caminhos simples, diretos, sem rodeios.


Ensinou que podemos ser santos, mesmo sendo proprietários de tantos defeitos. Ensinou que há sempre uma esperança escondida dentro de nós, e que procurar por ela é um jeito bonito que temos de colocar os nossos passos nas marcas de seus pés.


Neste tempo de Ressurreição queiramos a sua misericórdia.


Eu quero. Queira também. Eternamente.


Padre Fábio de Melo Fonte: SiteOficial

Banquete

Banquete
“Que o seu chegar seja mais que um simples chegar.
Que seja o símbolo de um tempo
De demoras e permanência.
Deitarei a toalha branca sobre a mesa
E permitirei que suas pontas venham
Cobrir também a minha alma.
Cada vez que nossa mesa é posta,
Muito mais que um alimento,
A vida nos é oferecida!
Que seja assim.
Que nossa fome de amor e de fraternidade seja sempre saciada
Nos olhares dos quais nos serviremos.”



*(Texto de autoria do Padre Fábio de Melo. Retirado do livro "Quem me roubou de mim? 
O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa").

O banquete dos miseráveis. O seu nome já foi chamado...



Um banquete só tem significado para quem tem fome. Os saciados não desejam a proximidade do alimento. A fome é o elemento chave para que possamos desejar e apreciar o banquete. Da mesma forma, o hospital não tem significado para quem está são. Somente os doentes carecem de hospitalização. Essa comparação é simples, eu sei. Mas ela nos aproxima de uma verdade ímpar que Jesus fez questão de nos ensinar.


É desconcertante, mas a Eucaristia é o banquete dos miseráveis. Ela é o momento em que Deus se põe à mesa com os escórias da humanidade, com os últimos, os menos desejados.


Miseráveis, famintos, prostituídos, doentes, legítimos representantes da fome. Fome de pão, fome de beleza, fome de dignidade, fome de amor, fome de companhia. 



Corações sufocados pela solidão do mundo, pelo descaso dos favorecidos e pela arrogência dos fortes.


A vida sem cuidados, mostrada nos olhos que já não sabem nutrir grandes esperanças. Olhares que nos fazem lembrar o olhar de Mateus, o olhar de Zaqueu, o olhar de Madalena... Olhares que não se sentem merecedores, e que se já se convenceram de que estão condenados.

E então, quando a vida os surpreende com o sorriso de Deus, olhando-os nos olhos, dizendo que está feliz porque eles reapareceram, e que para comemorar esta alegria um banquete lhes foi preparado.


Roupas limpas, banhos demorados, coisa de quem não faz do amor um discurso teórico. O sabonete, o cheiro bom a nos recordar antigas esperanças.


Alegrias nas taças, toalha branca estendida sobre a mesa, o colorido que tem sabor agradável. O melhor vinho, a melhor música, o melhor motivo a ser comemorado. A ceia está posta.

E então eu me ponho a pensar...

Recordo-me do quanto eu não sei viver a Eucaristia com esta mística. Penso no quanto sou seletivo ao pensar naqueles que Deus anda preferindo.


E então, hoje, nesta fração de tempo que passa, em que seus olhos se encontram com meu coração de padre, aqui, nesta tela fria de computador, eu fico desejando lhe convencer do quanto você é amado por Deus.


Ainda que seus dias sejam marcados pela rebeldia, pela derrota, pela queda, não desista! Religião só tem sentido se for para congregar, recordar a miséria como condição que nos torna preferidos...


É simples de entender. Pense comigo: uma mãe geralmente tende a cuidar de forma especial do filho que é mais frágil. Concorda comigo? Pois bem. O que é frágil será sempre velado, cuidado e amado.


Assim é você. Um miserável que tem entrada garantida na última ceia de Jesus.


Não venha com muitos pesos. Traga apenas uma pequena lembrança para o Mestre que o espera. Uma florzinha, um pedacinho de doce, não sei. Você é criativo e saberá escolher melhor.


Que o presente seja pobre, pois assim você descobrirá que o maior presente que Ele pode receber é o seu coração de volta.

Combinados?

Espero que sim.


O seu nome já foi chamado por Ele. Não o deixe esperando por muito tempo.

A casa é a mesma. O endereço você já sabe!


Padre Fábio de Melo


Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

ACREDITAR SEM VER


Homem de fé é aquele que não vê e mesmo assim não desiste.

Deus não decepciona aquele que busca e espera n’Ele. É belíssima a passagem de quando Moisés é levado pelo movimento das águas e é encontrado pela filha do faraó. Para o povo sair da escravidão, o mar precisou se abrir. O povo, diante da impossibilidade de vencer as águas, se volta contra o profeta e lhe pergunta por que ele os retirara do Egito, se eles não têm como ultrapassar o mar. Diante do questionamento dele, o Senhor lhe diz apenas uma frase: "Diga ao povo que caminhe". Deus não lhe proferiu uma frase que garantisse o milagre, mas que requeria fé.

A expressão de Deus não é uma expressão que facilita a vida, mas que encoraja. O Senhor não facilita, pois quem facilita corre o risco de infantilizar o facilitado e Ele não nos quer infantis na fé. Deus nos quer amadurecidos, prontos para dar o primeiro passo. Fé é saber acreditar quando tudo está ao contrário. Homem de fé não é aquele que vê. É o que não vê e mesmo assim não desiste.

Na experiência do povo de Israel, diante de um povo que o [Moisés] quer matar, Deus não facilita para ele, mas requer sua fé. O povo queria uma reposta mágica, mas Deus dá uma ordem que encoraja, que faz crescer dentro deles a lembrança que aquele Deus que caminhou com eles não os deixará na mão. Nós não sabemos como será, mas não desistimos do que esperamos. Quando tudo indicava que a morte iria chegar, com os pés na água, seguindo a ordem do Senhor, o milagre aconteceu.

Por um lado, eles estavam imobilizados pelo mar que podia afogá-los; por outro, pelo exército que poderia matá-los. Aquele povo estava emparedado. Ser homem e mulher de fé é você viver uma única alternativa: aquela de não poder recuar. É como diz Santo Agostinho: "Deus só nos pede aquilo que Ele já nos deu. Tudo está em nós sob forma de dom".

A experiência da fé nos movimenta para sermos o que realmente somos. Você não tem outro destino, a não ser a santidade; da mesma forma que o povo de Israel não tinha outra opção a não ser a libertação. Ninguém emagrece fazendo novena. Ou nós nos disciplinamos ou não vamos emagrecer!

O que faz um homem ser de fé é a resposta que dá diante da insegurança. Isso é Cristianismo. Não é uma postura angelical, é uma forma de se tornar guerreiro, soldado. Coragem! Vitória é o que Deus quer celebrar na nossa vida por meio da fé.

Pe. Fábio de Melo

“Desafio de Ser Pessoa...”

O Sequestro da Subjetividade e o Desafio de Ser Pessoa - Parte Final

(Texto de autoria do Pe. Fábio de Melo. Retirado do livro "Quem me roubou de mim? O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa").



ABRINDO OS CATIVEIROS QUE EXISTEM EM NÓS

É hora de reação.A provocação foi feita.
Neste mundo de sequestrados e sequestradores há sempre um detalhe da história que nos toca. Ou porque vivemos um dos lados da trama, protagonizando o sequestro de alguém, ou porque estamos vivendo os lamentos de um cativeiro em que fomos colocados, ou porque simplesmente descobrimos que há muitas aplicações deste texto em nossa vida. Não importa onde estamos. O que importa é aonde podemos chegar. Não importa o que fizemos até agora, mas sim o que podemos fazer com tudo o que fizemos até agora. Creio que sempre é tempo de abrir cativeiros. Ou para que outro saia, ou para que nós saiamos. A qualidade da nossa vida depende da qualidade de nossas relações. Reorientar a conduta, sobretudo quando identificamos os desvios que nos levam para longe de nós mesmos, é a atitude mais sábia que podemos adotar. Reassumir a capacidade de voltar à posse do que somos e conseqüentemente dar ao outro o melhor que podemos oferecer é um jeito interessante que temos de humanizar-nos ainda mais. Humanidade é processo a ser construído. Somos mais humanos à medida que somos livres, resgatamos os cativeiros e lhes devolvemos o direito de serem livres também. Promover a liberdade, defender e propagar a força da linguagem simbólica é uma forma interessante de traduzir o Evangelho nos dias de hoje. 
Há muitos cativeiros a serem abertos. Há muitas prisões a serem quebradas. Preconceitos, visões apressadas, conceitos distorcidos, desumanizações em nome de Deus, cativeiros em nome do amor. Gente dominada, sem vontade própria, entregue aos domínios dos diabólicos de plantão. Uma coisa é certa. O perigo do sequestro da subjetividade mora ao lado, e de alguma forma ela já nos atingiu. Em proporções diversas, em intensidades diferenciadas, esse malefício contemporâneo já nos esbarrou. O importante é a reflexão que podemos fazer. Repensar as relações que foram marcantes em nossa vida ajuda-nos na análise que precisamos fazer. Perguntas são sempre bem-vindas na vida de quem cresce. Há perguntas que não precisam ser respondidas com pressa. Elas pertencem ao mundo da reflexão que não pára. São perguntas que possuem o dom de fertilizar o plantio que somos nós. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa. Por isso as perguntas são pontes que nos favorecem travessias.
Eu não acredito que você tenha chegado ao fim deste livro sem que tenha se confrontado com algumas coisas que aqui foram ditas. Este não é um livro de teorias, mas é um livro ditado pela vida. Ele não nasceu das teorias que me acompanham. Foi o contrário. Ele nasceu da vida que antes eu vi, ouvi e vivi. Somente depois eu quis escrevê-lo. Antes, a vida; depois, o livro. É por isso que eu gostaria de finalizá-lo do mesmo jeito que ele começou em mim: com perguntas. Dessa forma ele não termina, mas continua em você, permitindo-me a proeza de continuar escrevendo de maneira tão eficaz e frutuosa. Se este livro continuar em você, conduzindo-o pelos caminhos tortuosos de sua construção humana, então já valeu tê-lo escrito. Se minhas palavras o fizerem pensar, e conseqüentemente agir com mais clareza e qualidade, então já valeu ter-me feito a primeira pergunta, a que originou o assombro inicial.
 E assim, dando continuidade ao processo que não pode parar, deixo algumas perguntas para que este livro não termine em sua última página escrita. Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor? Quais são as pessoas que passaram pela sua vida, que lhe deixaram saudades e que você faz questão de cultivar? Quem foram as pessoas que mais favoreceram seu crescimento afetivo, proporcionando-lhe uma relação em que pudesse entrar em contato com seus defeitos, qualidades, e conseqüentemente lhe ajudaram no processo de tornar-se pessoa? Onde é que você pode identificar, nas páginas de sua história, os acontecimentos em que sua liberdade foi promovida por alguém? O contrário também precisa ser perguntado. Quais foram as pessoas que mais deixaram marcas negativas dentro de você quais são as piores lembranças que estão registradas em sua memória afetiva? Quantas e quais pessoas desempenharam em sua vida o papel de sequestradoras  mantendo-o nos territórios minguados de um amor possessivo, desumanizador?
Quantas vezes você pode identificar em seu coração um jeito estranho de querer possuir o outro, impedindo-o de exercer sua liberdade? Será que você é lembrança doída na vida de alguém? Será que já construiu cativeiros? Será que já viveu em algum? Será que você já foi capaz de pagar o resgate de alguém? Com sua palavra, com sua atitude, com seu jeito de viver? Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar as situações e as pessoas certas? Se hoje você tivesse que classificar sua postura no mundo, você se definira como uma pessoa simbólica ou diabólica?
Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Mais vale uma verdade amarga que tenha o poder de nos fazer crescer do que uma mentira adocicada que nos mantenha acorrentados no cativeiro da ignorância. Hoje é dia de resgate. A porta já foi aberta. É só sair. 

Padre Fábio de Melo

"AMOR HUMANO"


" O milagre mais bonito e concreto
que nós podemos realizar na vida do outro é AMOR HUMANO,
esse que abre mares, esse sim faz chover maná,
outra coisa não.
É eu ohar pras pessoas que me amam e perceber que
elas extraem de mim minha melhor parte,
isso sim é extraordinário porque eu vou sendo
ressuscitado aos poucos
e o outro quando não desanima de mim,
coloca em mim um rastro de Deus..."

Padre Fábio de Melo

"A beleza da vida"

A rosa, rainha das flores, é sustentada por uma haste cercada de espinhos. No entanto, nenhum espinho consegue machucar sua beleza.
Seja assim com você também. Não deixe que as dificuldades consigam machucar a beleza da sua vida. Antes, faça como a rosa. Mantenha a sua vida sempre acima de todas as dificuldades."

Pe.Fábio de Melo
A beleza da vida se multiplica cada vez que
a gente partilha com alguém que a gente ama,
se você quiser multiplicar a vida,
você precisa dividí-la.

-Pe Fábio de Melo-

sábado, 23 de março de 2013

Guardião Padre Fábio de Melo

Eu andava só, quando ouvi uma voz me chamar, dizendo:
__ Filho, necessito lhe falar!
Foi difícil de entender aquele gesto inesperado
Mas quando percebi estava sendo amado
Meu coração se abriu, meus olhos encheram-se de lágrimas
E minha boca só dizia:
__ Eu te amo, meu Jesus!
Com a sua piedade, levante-me do chão
Estenda-me sua mão

Seja sempre o Guardião das palavras que eu falo
E também, seja o pastor, conduzindo os meus passos
Não me deixe por caminhos tortuosos caminhar
Mas me mostre o que é amar, amar

Tome conta da minha vida, ensinando-me a viver
Pra que eu possa, desde agora, muito mais lhe conhecer
Seja o meu melhor amigo, fique sempre ao meu lado
Livrando-me do pecado

Desde então, senti que já não era mais o mesmo
Aquela solidão não havia mais em mim
Os meus olhos se voltam inteiramente ao Senhor
Depois que descobri como é grande o seu amor

Conhece o meu caminho, sabe onde eu ando
É o meu refúgio e a minha proteção
Está sempre me ajudando nos momentos mais difíceis
Sendo a minha salvação

Seja sempre o Guardião das palavras que eu falo
E também, seja o pastor, conduzindo os meus passos
Não me deixe por caminhos tortuosos caminhar
Mas me mostre o que é amar, amar

Tome conta da minha vida, ensinando-me a viver
Pra que eu possa, desde agora, muito mais lhe conhecer
Seja o meu melhor amigo, fique sempre ao meu lado
Livrando-me do pecado

letras
letra da música

sexta-feira, 22 de março de 2013

Resgatar a ritualidade da vida

Tua mão desceu sobre mim e me retirou da escuridão. Deu-me mãos e voz de profeta, deu-me um coração adorador’ [música].
"Desperta, tu que dormes"! (cf. Efésios 5, 6 e Isaías 26,19; 60,1). Quero ressaltar a primeira parte do refrão dessa música, que é o que Deus faz. É porque Ele desceu a mão, como num gesto violento que acorda quem está dormindo. Deus não pode fazer nada para o coração preguiçoso, que não quer ser mudado. O processo humano é difícil. Quanto sangue você tem que suar para ser uma mulher e um homem com integridade. Aquele que 'desce a mão' o faz para você melhorar. Não tem como conciliar o Cristianismo com a preguiça da vida, esquecendo-nos de como nós poderíamos ser como pessoas, sem cuidar da nossa vida. Coração preguiçoso não tem lugar no céu, porque Deus o quer de pé!
Hoje, uma mulher jovem, com lágrimas nos olhos, me dizia: ‘Deus tem me mantido em pé
através da Canção Nova. Eu perdi, no mesmo acidente, meu pai, meu esposo e meus filhos’. Ficar de pé quando tudo deu errado e sentir que a força de Deus o alcança! Ficar de pé quando se está no 'calvário', onde não é lugar de ficar sentado e sim de pé. Sentir-se de pé mesmo quando o 'calvário' está 'armado' e cheio de curiosos.
"Desperta, tu que dormes!". Não dá para ficar parado ou sentado e fazer de conta que não está acontecendo nada. Que caia por terra toda hipocrisia e toda máscara!
O amor é provado no fogo, na dura experiência de dar a vida pelo outro. Caso contrário, não é amor; é ilusão. Você sabe que alguém o ama não pelo que ele fala, mas pelo que faz. O amor não sobrevive de teorias. Não adianta falar para seu filho que o ama se seus gestos não correspondem a esse amor. Palavras sem gestos não edificam.
O 'calvário' é ladeira acima, em meio a pedras, e sem asfalto. Nossos passos não deslizam com facilidade. Não se chega ao céu de patins. São com essas 'botas da dor', difíceis, que se chega lá. Ninguém lhes prometeu que os valores seriam fáceis de ser alcançados. Você sabe muito bem o quanto lhe custou para chegar até onde chegou; as coisas não vêm de forma tão fácil assim.
Nós perdemos os rituais. Como era bom o tempo em que preparávamos nossas refeições. Era um ritual: as crianças descascando milho, as tias cozinhando-os no fogo, outro fazendo a palha, e a família toda em um ritual de alegria fazendo a pamonha. Nós tínhamos rituais de vida. Quando comíamos carne de porco ou fazíamos um almoço para toda a vizinhança e todo mundo da rua, para comermos juntos. Mas hoje, nossa comida vem toda pronta. Nós não temos mais o ritual de preparar o que nós comemos.
E aquela experiência de zelar por aquilo que é seu se perdeu. De consertar as coisas da casa, quando o pai sempre chamava o filho para aprender. Hoje tudo é muito prático, e perdemos o valor da realidade simbólica, perdemos a graça do diálogo, das conversas.
Às vezes, nossos filhos estão loucos para conversar conosco, mas não temos tempo. Nós precisamos construir relações concretas. Às vezes se cuida dos 'amigos virtuais', mas não se cuida de quem está ao lado. A tecnologia não pode se utilizar de nós, quem deve mandar nela somos nós. Há muitas coisas que nos escravizam. Temos de abrir os olhos para tudo isso e sair da cegueira. Nós não pensamos nas conseqüências que minam a capacidade de sermos pessoas concretas e reais. Damos muito tempo para as pessoas no computador, nos 'messenger's' e tantas coisas mais, mas não damos uma palavra para um amigo do nosso lado.
Se não ritualizarmos a nossa vida nos tornaremos insensíveis. Aí Deus vai ter que 'descer a mão' mesmo, e o 'sopapo' vem quando você percebe que está perdendo o seu filho para as drogas; perdendo o pai para o álcool e a mãe para infidelidade. Preste atenção aos 'tapinhas' da vida para não ter um tapa mais forte adiante; podendo ser tarde demais. "‘Desperta, tu que dormes!" Pessoas que estão dormindo e ficam na preguiça, é como dar um remédio para aquele paciente que quer morrer. Quando éramos crianças aprendíamos a tecer, a bordar e a costurar. Será que o bordado, que fazíamos exteriormente, não repercutia na nossa alma, interiormente, tornando-nos mais pacientes? Cortar o mato com a enxada, por exemplo, não fazemos mais nós mesmos. Não diga: 'Eu posso pagar'. Hoje é tudo muito diferente e podemos pagar para que alguém o faça, mas, de vez em quando, faça você mesmo.
Todas as mulheres lustram os móveis para que fiquem bonitos, mas ninguém vai saber 'lustrar' o rosto de seu filho como você. 'Desça do salto!' Vá para a simplicidade. Em vez de levar o filho ao restaurante que oferece a comida mais saborosa que existe, surpreenda-o com um avental fazendo vocês a comida, você e seu marido. A comida vai ter o sabor mais gostoso que qualquer outro restaurante.
A cura de nossos afetos vem por meio desses rituais. É uma alegria chegar em casa e ver a mãe cozinhando.
Abra os olhos para o filho que você tem, abra os olhos para a mulher que você tem, não se acostume com o seu marido nem com sua esposa. Abra espaços para as surpresas. Nossos afetos são construídos dentro de casa. Nada pode ser mais destruidor do que uma palavra do pai e da mãe.Você tem o direito de dizer o que quiser, mas não tem o direito de dizer do "jeito" que quiser. Nós traumatizamos as pessoas na forma como dizemos as coisas. Talvez você esteja perdendo a oportunidade preciosa de ser uma esposa, uma mãe, um filho, um marido, tratando-os como se fossem 'um qualquer'. Cuide do que é seu! O amor requer calma e um olhar vagaroso. Essas coisas são tão boas e tão simples, mas ouvimos pouco sobre elas. Corremos o risco de deixar a vida passar e não viver direito com aqueles que amamos.
Da sua casa você é o profeta. Você é convidado a ser o profeta. É você quem tem de mudar. A transformação é na sua vida, no poder de ser profeta no seu 'território', em sua casa, sendo a voz de Deus em nome do amor vivo presente em você. "‘Desperta, tu que dormes!" Seja justo com o que Deus lhe oferece. A sua casa merece sua coragem. Você está diferente!

Padre Fábio de Melo
Fonte: http://eventos.cancaonova.com/pregacoes/resgatar-a-ritualidade-da-vida/

quinta-feira, 21 de março de 2013

O Evangelho precisa nos transformar


A palavra profética tem o
poder de acordar os surdos

 É tão fácil a gente cair na religião do mito. O tempo todo Jesus já nos alertava sobre o risco aos ídolos, pois a idolatria é um dos principais problemas religiosos no mundo. Esse é um risco que todos nós corremos, quando a nossa admiração por alguém ou por uma pessoa se torna essencial, colocada acima, em termos de importância, d'Aquele a quem anunciamos. Decepcione-se comigo, mas que a sua decepção comigo não seja uma decepção com Aquele a quem eu anuncio. 

Temos de viver uma religião que seja capaz de mexer com as estruturas da nossa consciência a ponto de nos fazer acordar para tudo aquilo para o qual nós dormíamos e não sabíamos que existia dentro de nós. Já estávamos inconscientes e acostumados com o nosso jeito ciumento de amar, com nosso jeito ciumento de possuir as pessoas, achando que isso era amor. Muitos de nós já éramos desonestos nas pequenas coisas e já estávamos acostumados com isso também. Até que um dia uma palavra profética varou as estruturas da nossa vida e nos incomodou.

Uma palavra profética tem o poder de acordar os surdos e aqueles que estão dormindo e que já não escutam mais nada, num sono letárgico ou até mesmo num cumprimento de rituais inférteis, que já não servem de nada para a nossa salvação.

É a continuidade da Santa Missa que nos salva, é a história que fica diferente em cada comunhão comungada, em cada mesa partilhada, em cada confissão realizada, é o que se segue a partir daí que nos salva. O sacramento não é a mágica de um momento, mas é a continuidade da vida que vai sendo incorporada, porque o sacramento aconteceu em nós.

É disso que Jesus fala: “Não venha me dizer o que você fazia antes, não me importa o que você fazia. Importa-me o que você era. O que faz diferença para mim é o quanto a minha Palavra conseguiu transformar o seu coração a ponto de transformá-lo numa pessoa melhor”. De você olhar para trás e dizer: “Antes eu era assim, e pela força da Eucaristia, do Evangelho, do terço, eu mudei” – todas as manifestações religiosas que você pode ter e viver. Você percebe que a sua vida não é mais a mesma, porque você mudou o seu jeito de pensar, modificou o seu jeito de ser.

 Humanidade é isto: é trazer a luz do Ressuscitado para nós e ver que há muito para ser limpo em nosso interior. O anúncio do Evangelho é para aprendermos que não temos de ficar com as nossas poeiras e impurezas. A religião que Jesus quer de nós é esta: que fixemos os olhos no céu, que busquemos o céu. Religião que só nos mostra a cruz é uma religião infértil, porque eu não sou filho do Calvário; eu sou filho do Ressuscitado! E quem eu anuncio sempre é o Ressuscitado. 

Você não pode ficar parado no "calvário da sua vida"; todos nós passamos todos os dias por ele. Você acha que a gente vai ser santo sem sacrifício? A semente passa por todo um processo de crescimento, mas ela sabe que se não deixar de ser o que é, não atingirá seu objetivo.

A dor é o preparo. A sua dor não pode ser em vão. O que você faz com o seu sofrimento? Faz um quadro? Faz música? A genialidade está em transformar a lata velha em ouro. Ou a dor me destrói ou eu a transformo em processo de ressurreição.

Nossa vida é um desafio diário e não há tréguas. É um "lapidar" constante, tirando tudo o que é excesso em nós. Se eu não tivesse sofrido do jeito que sofri, se eu não tivesse amado do jeito que amei, eu não teria nada para contar a vocês.

Não sinta vergonha de nada que você sofreu, porque depois que passou por aquele momento, você sabe o que você sofreu para chegar aonde chegou.

Padre Fábio de Melo

RETORNO












Somente depois de ter andado por terras estranhas 
É que pude reconhecer a beleza de minha morada. 
A ausência mensura o tamanho do local perdido 
Evidencia o que antes estava oculto, 
por força do costume. 
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez. 
Olhei como se eu voltasse a ser criança pequena 
A descobrir-lhe as feições tão maternas. 
Abri o portão principal como quem abria 
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis. 
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas. 
Deitei-me no colo de minha mãe como se quisesse 
Realizar a proeza de ser gerado de novo. 
Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me 
A mim mesmo. 
Mãos com poder de sutura existencial... 
Era como se o gesto possuísse voz, capaz de me dizer: 
dorme meu filho, porque enquanto você dormir 
Eu lhe farei de novo. Dorme meu filho, dorme... 

[Livro: Quem me roubou de mim?] 

Padre Fábio de Melo

Deus ainda não desistiu de você.


Nem sempre a gente faz a escolha certa.
Nem sempre nós escolhemos estar nos caminhos iluminados. 
De vez em quando por causa da fragilidade que existe em nós, 
nós pegamos alguns atalhos, vamos por eles e, de repente, descobrimos que não está valendo a pena estar lá, onde a gente está, vivendo como a gente está vivendo, e sendo que a gente é. 
Não pode haver uma insatisfação maior na vida, ser quem a gente não gostaria de 
ser. 
Viver essa inadequação existencial, de não alcançar na vida aquilo que 
verdadeiramente podemos alcançar. 
Assim como estava aquela mulher perdida no meio da multidão, acostumada aos 
gritos da condenação. 
Aquela mulher em algum momento da vida errou. 
Assim como eu erro. 
Assim como você erra. 
E o que aconteceu? 
Ela se transformou no próprio erro. 
Uma coisa é errar, outra coisa é se transformar no erro cometido.
Isso é grave. 
Aí gera aquela inadequação. 
Aquela insatisfação, aquela percepção, aquela consciência que vem, de que você não está sendo o ser humano que você poderia ser.
O encontro com Jesus fez com que aquela mulher pudesse redescobrir 
quem ela era. 
Porque embora tenha vivido um passado de erros, embora tenha vivido muitas escolhas erradas,
nada, nenhum pecado, nenhum erro foi capaz de ofuscar dentro daquela mulher 
quem ela era. 
Ela só estava esquecida de quem era. 
De Vez em quando acontece a mesma coisa com a gente, 
a gente se esquece de quem a gente é. 
Por isso nunca podemos deixar que a nossa luz se apague. 
De vez em quando a gente vai escolhendo caminhos errados que vão apagando 
a nossa luz. 
De vez em quando a gente vai fazendo escolhas que vão ofuscando o brilho que 
Deus deixou em nós. 
Pode ser que você em algum momento da sua vida reconheça isso. 
Você está sendo o ser humano que você poderia ser. 
Ao invés de amar, está odiando. 
Ao invés de perdoar, está se vingando. 
Ao invés de crescer, está decrescendo. 
Ao invés de avançar, está retrocedendo. 
Ao invés de ser quem você é, o ser humano que você pode ser, 
escolheu ser uma criatura qualquer, vestido de sombras. 
Não. 
Hoje eu desejo do fundo do meu coração, 
que você seja encontrado (a) por Jesus, do mesmo jeito que aquela mulher foi 
também. 
Eu desejo do fundo do meu coração, que você seja desejoso de ser um pouco 
melhor. 
Sabe por que ? 
Não por uma imposição, mas por um direito seu. 
Descobrir o amor de Deus na nossa vida, descobrir essa chama que não se apaga, 
é a gente 
redescobrir mais uma vez, é a gente realimentar dentro de nós, 
essa identidade de sermos filhos do sol, da luz e do céu. 
Você fez essa transição, de filho do sol, é filho do céu. 
Não se esqueça disso. 
Não se esqueça disso. 
Nunca permita que a sua luz se apague. 
Se por acaso, na sua vida, você tem sentido que a sua luz está perdendo o brilho 
por causa dos acontecimentos, 
por causa das dificuldades que são próprias de todos nós, 
ouse levantar-se, da mesma maneira como aquela mulher levantou-se no meio da 
multidão e reassumiu a própria história. 
a luz de um novo tempo, a luz de um novo sol, que brilhava nos olhos de Jesus. 
Sabe o que eu posso lhe dar? 
Qual é minha maior riqueza que eu posso lhe dar como padre? 
Sabe qual é o maior dom que eu como padre posso oferecer a todos aqueles que 
passam pela minha vida? 
Apresentar a luz que é Jesus. 
E a partir disso, deixar que você se entenda com Ele. 
E o meu desejo é de iluminar o seu coração com essa consciência. 
Deus ainda não desistiu de você. 
Por isso hoje é dia de incendiar a alma, de iluminar a nossa vida, 
de retomar o caminho do bem, de retomar as virtudes, 
de retomar tudo aquilo que possa nos tornar maiores e melhores. 

 Padre Fábio de Melo 

Imagem: (Meramente ilustrativa) 

Fonte: [Retirada do DVD Iluminar]