sábado, 14 de dezembro de 2013

EU E O TEMPO

Eu na trilha incerta dos meus passos 
Mergulhado no destino imenso dos meus sonhos
Vou percorrendo as estradas do mundo...
Deitando a toalha branca sobre os altares da humanidade
E retirando do horizonte profano da vida
A matéria-prima que será sacralizada
Ele , o tempo, e seus movimentos de suas cirandas
Vida que se reveste de cores e estações litúrgicas
Que nos convida a celebrar
O específico de cada motivo
Tempo de preparo, de colheita, vida comum
Sopro do espírito, tempo de ressuscitar
Eu, sacerdote das divinas causas
Ele, sacerdote das humanas razões
Quando com ele posso, faço acordo
Sorrio com os motivos de suas alegrias
E poetizo as tristezas, que de suas mãos se desprendem 

Mas quando com ele posso
Ah, quando com ele posso, eu dele me esqueço
E vivo 


Pe. Fábio de Melo

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