sábado, 1 de junho de 2013

Da pia batismal para o calvário

Da pia batismal ao calvário


Não podemos desvincular o batismo do martírio. A criança que recebe o batismo quando pequeno precisa
saber um dia ele precisará viver como Cristo, tocar na realidade do martírio.

Não há como desvincular a pia batismal do calvário. O cristianismo só verdadeiro quando conciliarmos esses dois territórios.

Essa criança passará pelo duro processo de virar um cristão..

Agostinho dizia “Deus só nos pede aquilo que já nos deu, o amor!” Você só vai exigir do seu filho aquilo que você deu ao longo da vida dele.

No batismo recebemos todas as graças necessárias para vivermos esse aperfeiçoamento humano para, tornar-se semelhante a Cristo. Ao longo da vida precisará passar pelo sangue, pela luta, pelo suor ou pela lágrimas.As religiões sérias também exigem sacrifício.

Chega de superficialidade! Essa não é a via de regra dentro da Igreja! Não podemos tolerar que o nosso cristianismo não nos leve a mergulhar com profundidade nessas questões.



O cristão está o tempo todo procurando o caráter de Cristo. Se Deus é tão presente em mim que já converteu o meu querer, se Ele age no profundo dos meus desejos, então será muito mais tranquilo querer o que Deus quer pra mim.

Deus não pode fazer nada com as nossas obras, se não possuir o nosso coração. Não posso correr o risco e impedir a oportunidade de Deus me salvar agora.

Eu não vim celebrar a missa para vocês, e sim, celebro com vocês. O mundo quer que você se cale, que você se limite a uma prática religiosa fria e infértil. Não podemos admitir que nossa pia batismal esteja desvinculada do martírio, do sacrifício de Cristo.

É um risco muito grande deixarmos de lutar.Corremos o risco de pensar que já chegamos. O meu martírio que me faz chegar a sabedoria de investigar os avessos do evangelho. O lado direito do evangelho muitas vezes é o lado mais confortável, mais fácil. Agora o avesso do evangelho, investiga nosso real motivo, nossa real intenção no seguimento de Cristo.

O seguimento de Cristo é também desconforto.

Cuidado pois se não nos convertermos de verdade, geramos o ateísmo. Se não mergulharmos no mais profundo da proposta de Jesus, corremos o risco de não ter se deliciado com o Cristianismo.

Viver o evangelho é um sacrifício que nos provoca uma enorme satisfação interior. Pare de passar maquiagem na alma. Quanto mais mascarados estivermos, mais seremos cristãos medíocres e geraremos ateísmo dentro da Igreja.

Não é máscara, não é maquiagem que Deus quer fazer em nossa vida. É transformação profunda, para que os outros percebam que há muito de Jesus em nós.

Olha todos nós somos cheios de defeitos. Por que muitas vezes nos sentimos tão maus, tão ruins ? Você viu quem eram os amigos de Jesus? Olhando para eles tão fracos e limitados podemos ter esperança e olhar pra Jesus, crendo que Ele pode nos transformar.

A única forma de vencermos o pecado, é olhando de frente, contando com a graça de Deus.

Transcrição e Adaptação: Cristiane Viana

Padre Fábio de Melo 

Padre que evangeliza como cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.


Fonte: cancaonova.com

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